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Dos 15 anos de idade até agora, como Jung Kook evoluiu e permaneceu o mesmo [VOGUE KOREA]

*Tradução livre a partir de texto original publicado em 21 de dezembro de 2021. Caso deseje visualizá-lo, acesse: https://www.vogue.co.kr/2021/12/21/%ec%a0%95%ea%b5%ad%ec%97%90%ea%b2%8c-%eb%82%a8%ec%9d%80-%ea%b2%83%ea%b3%bc-%eb%b3%80%ed%95%9c-%ea%b2%83/





Dos 15 anos de idade até agora,

como Jung Kook evoluiu e permaneceu o mesmo


[VOGUE KOREA]




Aqueles que trabalham sob o olhar do público sofrem muitas influências diferentes, tornando difícil para essas pessoas formularem as suas próprias visões de mundo. Essa mesma afirmação é também verdadeira para aqueles que tiveram que se moldar desde uma tenra idade para atingir um determinado objetivo. Jung Kook, porém, é diferente. As suas atividades para além do BTS sugerem que ele tem ideias muito claras sobre o que deseja fazer e mostram que ele consegue vedar influências externas. Essa é uma das coisas que gostamos a respeito de Jung Kook.


Como ele conseguiu manter e nutrir as suas próprias ideias? Jung Kook, que ouve atentamente enquanto faz contato visual, responde: "Eu não tenho respostas claras como 'É assim que eu vou viver!'. Mas o que está claro é que eu quero decidir por conta própria como viver a minha vida. Talvez haja vida após a morte, mas quem sabe? Esta é a única vida que eu tenho e ela é bastante curta. Eu jamais faria algo que todos concordam que é errado, mas, naquilo em que diversos caminhos são aceitáveis, eu quero viver sob os meus próprios termos. Eu decidi isso bem cedo.” Curioso sobre os pensamentos de Jung Kook acerca da natureza fugaz da vida, eu respondo: "As pessoas dizem que a vida é curta, mas a arte é eterna. O que é eterno para você?”. Jung Kook diz: “Vamos supor que o que eu faço é arte. Isso seria o mais importante? A própria vida não é o mais importante? O tempo que eu vivi está destilado em mim. Portanto, a vida é finita, mas também é eterna."


Jung Kook é apreensivo a todos os tipos de arte, não apenas a música. Alguns fãs querem que Jung Kook, o Golden Maknae (o mais jovem da família) do BTS, mostre os seus talentos em outras áreas, como a pintura, a fotografia ou a edição de vídeo. Jung Kook, humildemente, diz: “Esses são apenas alguns dos meus outros interesses e eu não sinto necessidade de desenvolver todos eles”. No entanto, indivíduos multitalentosos certamente devem ouvir uma voz interior que os incentiva a fazerem uso de tais talentos. Deve ser difícil ignorar o desejo de se expressar de várias maneiras para além da música.


“Eu tenho objetivos tanto realistas quanto idealistas”, diz Jung Kook. “Eu costumava ser ambicioso e fazia o que queria fazer, sem pensar muito nisso. Mas a maneira como pensamos muda com o tempo, assim como a vida em geral e os relacionamentos também. Hoje em dia, eu sou mais realista. O que eu preciso fazer é mais importante do que o que eu quero fazer”. Além disso, Jung Kook não gosta de revelar as suas criações até que ele esteja plenamente satisfeito com elas. “Elas jamais serão perfeitas, mas pelo menos precisam estar em um nível com o qual eu esteja feliz”, ele me diz. “Vou trabalhar duro e, um dia, poderei revelá-las ao público. No momento, eu não tenho energia mental suficiente para gastar no melhoramento delas."


Nos últimos anos, não foi fácil para Jung Kook trabalhar – mesmo em seus hobbies, como pintura e fotografia. “Se o cenário do palco for o mesmo a cada vez que alguém se apresenta, haverá menos empolgação para o artista e para o espectador”, diz ele. “Eu preciso continuar buscando mudanças e me desafiar. O mesmo se aplica à fotografia e à pintura. Eu carregava uma câmera comigo quando trabalhávamos, mas não pudemos nos mover muito recentemente devido à COVID-19, então as fotos eram todas muito parecidas. E fazer viagens arriscadas que não eram realmente necessárias não era uma opção". Em vez disso, Jung Kook encontrou alegria em livros, que são portais para outros mundos. Ele está se esforçando para ler mais livros em seu tempo livre para se tornar melhor ao escrever letras de músicas. O seu atual fascínio pela escrita de letras está conectado a suas outras buscas enquanto artista. “As minhas letras refletem o meu modo de pensar e a minha individualidade”, explica ele. “Essa é outra área onde posso me expressar.”


Esperançosamente, Jung Kook logo estará desfrutando de uma mudança de cenário. Ele ficou emocionado com a chance de visitar a Assembleia Geral da ONU para cantar “Permission to Dance” em setembro de 2021. “Sempre que preparamos um álbum ou gravamos uma apresentação no palco, eu tenho a mesma mentalidade”, diz ele. “Mas havia algo a mais quando filmamos o vídeo com dançarinos no gramado em frente à Assembleia Geral da ONU. Me divertir dançando e cantando junto a outras pessoas e ao ar livre me fez sentir que dias melhores estavam por vir. Senti que se aproximava o dia em que poderíamos encontrar o ARMY de perto ou o dia em que eu poderia sair sozinho de madrugada e saborear lanches saborosos”. Eu pergunto se é mesmo possível para uma super estrela ir a um restaurante tarde da noite sozinho, mas Jung Kook sorri e diz: “Sempre há uma maneira”.


O BTS mudou dramaticamente a vida de Jung Kook. Em 2014, o BTS saiu às ruas de Los Angeles e convidou transeuntes aleatórios para assistirem a um show gratuito. Isso estava sendo filmado como parte de um programa de TV, mas eles trabalharam muito para promover o seu grupo distribuindo panfletos. Desde então, o BTS disparou: Em 2021, os ingressos para o show no Estádio SoFi, próximo a Los Angeles, se esgotaram em minutos. Comparando aqueles momentos passados com o presente, Jung Kook se mostra tímido. “Sempre me pergunto por que as pessoas nos amam e nos adoram”, admite ele. “Eu pensei muito sobre como cheguei a esse ponto. Em primeiro lugar, eu tive a sorte de ter membros talentosos como colegas de grupo! Em segundo lugar, temos um CEO que verdadeiramente ama música. Para além disso, talvez a sinergia entre as canções, letras, mensagens, performances e aparições públicas do BTS atraia cada vez mais fãs? Ultimamente, se tornou ainda mais difícil para mim compreender a situação. Acho que é porque não posso encontrar o público pessoalmente. Eu preciso trabalhar ainda mais duro para provar que mereço o apoio deles."


Jung Kook também está bastante consciente da influência positiva do BTS. “A medida em que envelheço, eu sinto mais pressão”, ele confessa. “Eu não sou particularmente incrível. E eu não sou tão bom ou virtuoso. Sou uma pessoa bastante comum e, muitas vezes, sou repreendido pelos outros membros pelo meu comportamento imaturo. Se o mundo nos vê como uma influência positiva, então eu preciso buscar ajustar e combinar as minhas ações e pensamentos com esses valores."


O ARMY tem colocado as mensagens positivas do BTS em ação. Seus projetos ambientais, como salvar florestas tropicais e baleias, e a sua arrecadação de fundos para grupos vulneráveis, como refugiados e pessoas da comunidade LGBTQIA+, têm sido surpreendentes em termos de alcance e velocidade. O ARMY parece ter se tornado um movimento cultural global que vai além do fandom. Jung Kook se sente maravilhado e intrigado em relação ao ARMY. “Eu sou apenas alguém que ama cantar e dançar, mas o ARMY está conquistando coisas maiores para nós”, diz ele. “Não posso agradecê-los o suficiente pelo seu apoio a nós, mas eles também estão fazendo coisas maravilhosas. Eu estou profundamente comovido com o ARMY, que começou como um grupo de apoiadores do BTS, mas se tornou uma força real para o bem. Eu sou inspirado por eles". Jung Kook queria encontrar uma maneira de retribuir ao ARMY, os orgulhosos porta-bandeiras do grupo, mas ele se viu perdido. “Parecia que não havia nada de especial que eu pudesse fazer”, diz ele. “Cheguei à conclusão de que ser bom no meu trabalho, como venho fazendo, é o que posso fazer pelo ARMY.”


Jung Kook abordou o seu trabalho com entusiasmo, em vez de apreensão. Não é que ele esteja livre de ansiedade porque cada álbum foi um sucesso ou porque ele é amado pelos fãs, mas sim porque ele acreditou em si mesmo e em seus colegas de grupo. “Fizemos o nosso melhor em cada álbum e em cada palco que subimos”, diz Jung Kook. “Ninguém consegue ser perfeito, mas eu tenho conseguido aproveitar porque faço tudo o que é demandado de mim. É por isso que eu consigo aceitar um resultado ruim ocasional”. Esta parece ser a atitude de Jung Kook em relação à vida. “Eu entendo que trabalho árduo e resultado são duas coisas distintas”, explica ele. “Aprendi a aceitar o resultado. Claro, ter a ambição de aprimorar a mim mesmo é outra questão.”


Como Jung Kook debutou aos 15 anos, ele certamente deve ter amadurecido mais do que qualquer outro membro do BTS. Por outro lado, os demais membros dizem a ele: "É ótimo que você não tenha mudado nada". O que mais mudou nele e como ele permaneceu o mesmo na última década? “Quando criança/adolescente, eu era caloroso e confiante, e ainda sou”, ele admite. “Até que partam o meu coração, eu dou tudo de mim a aqueles que eu amo. Todos os meus colegas de grupo reconhecem isso. Às vezes, eu me preocupo com o que vai acontecer, mas tenho a sorte de ter os meus companheiros de grupo ao meu lado, o que é reconfortante. Mas se eu dependesse demais deles, seria como me esconder atrás deles, então eu preciso ser capaz de me manter por conta própria”. Com exceção disso, acrescenta ele, tudo mudou, desde a maneira como ele fala até a maneira como ele pensa. Acredito que outra coisa que permanece igual é a sua energia. Jung Kook não dá sinais de cansaço durante a sessão de fotos para a Vogue, que segue em ritmo acelerado e sem pausas. Ele eleva a energia do set, movendo-se ao ritmo da música que toca ao fundo e aproximando-se dos colegas de grupo para massagear os seus ombros ou endireitar as suas roupas.


Como Jung Kook disse, após incríveis 10 anos, como serão os próximos 10 anos? “Permission to Dance” contém as palavras: “Não precisamos nos preocupar porque, quando caímos, nós sabemos como pousar". Pergunto a Jung Kook se ele pensou muito sobre como pousar. “Obviamente, muitas pessoas são mais bem-sucedidas do que eu e, a medida em que fico mais velho e o tempo passa, a minha carreira está fadada a diminuir gradualmente”, ele reflete. “Mas eu não penso em pousar. Ainda quero fazer muitas coisas. Quero continuar a me expandir como artista e alcançar coisas ainda maiores."

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