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Entrevista de comeback: SUGA [Weverse Magazine - 04/01/2021]

Tradução livre a partir do artigo original publicado em 04 de janeiro de 2021. Caso deseje visualizá-lo, acesse: https://magazine.weverse.io/article/view?lang=en&num=96




SUGA: “Estou grato por ainda haver áreas não visitadas no mundo da música”


Entrevista do comeback de 'BE'



SUGA tem essa maneira de falar apaixonadamente com uma expressão impassível no rosto. Cheio de paixão pela sua vida e música.



Como está o seu ombro?


SUGA: Está bem. Acho que vai ficar ainda melhor quando eu tirar essa braçadeira. Aparentemente, leva vários meses para uma recuperação completa, mas estou tentando melhorar o mais rápido possível.


Qual é a sensação de ter resolvido um problema que te afligia há tanto tempo?


SUGA: Em primeiro lugar, eu estou feliz. A dor é uma coisa, mas quando os meus ombros pioraram, eu não conseguia nem levantar os braços. Mas quando eu soube que isso poderia reaparecer ao fazer a cirurgia em uma idade jovem, eu esperei o momento certo e decidi fazer no início do próximo ano, independentemente da situação da COVID-19. Eu tinha planejado fazer a cirurgia após as performances de final de ano, mas fiz neste ano (2020) porque os meus médicos me aconselharam a começar a me preparar cedo para as promoções e atividades do próximo ano.


Como é assistir os outros membros fazendo promoções?


SUGA: Não posso dizer que a sensação é ótima. Eu podia ver o vazio porque estamos juntos como um grupo de sete há muito tempo. Não necessariamente porque eu não estou lá, mas porque algo que deveria estar lá está faltando?


Foi isso que fez você se juntar às promoções o máximo possível? Você preparou muitas filmagens com antecedência e até apareceu no MAMA 2020 através de realidade virtual.


SUGA: SUGA falso (risos). Há um estúdio 3D onde nós filmamos isso. Eu gravei, digitalizei e atuei, mas eu não consegui ver o resultado real no estúdio. Eu achei que uma sensação de deslocamento fosse inevitável e foi exatamente o que aconteceu. (Risos) Eu agi normalmente porque teria sido transmitido de qualquer maneira, mesmo se eu não tivesse feito a cirurgia. Mas parece muito porque foi ao ar após a cirurgia.


Você deve se sentir restrito por não poder subir no palco.


SUGA: A questão é que só se passou um mês depois que eu fiz a cirurgia, mas a minha ausência no palco é muito aparente. Mas os meus médicos continuam me dizendo que eu não devo ficar impaciente e, na verdade, muitos atletas são operados novamente quando retornam ao campo sem a reabilitação adequada. Então, eu estou tentando me importar menos. Nas primeiras duas semanas após a cirurgia, eu me senti tão frustrado que comecei a experimentar coisas novas. Eu até assisti filmes que não tinha assistido.



Quais filmes você assistiu?


SUGA: Eu assisti ‘Samjin Company English Class’ porque aconteceu de estar passando na IPTV e agora eu tenho ‘Tenet’ na minha lista. ‘Parasita’ foi o último filme que eu vi em um cinema. A medida em que as medidas de distanciamento social se tornaram mais rígidas, eu não tenho saído de casa, exceto para ir ao hospital. Eu até como em casa. Também estou assistindo muita TV atualmente. Assistir a programas de música como ‘Sing Again’, ‘Folk Us’ e ‘Show Me The Money 9’ me fez pensar no que devo fazer nos próximos dias.


Você poderia elaborar mais sobre isso?


SUGA: Muitos candidatos em ‘Sing Again’ são muito talentosos, mas não tiveram a oportunidade e, em ‘Folk Us’, eu percebi que muitos levaram seus próprios violões para o palco. Eu comecei a tocar violão recentemente e estou com vontade de ampliar o meu escopo musical. E, como o meu interesse pela indústria da música nos Estados Unidos cresceu, eu estou me preparando, estudando inglês e tudo mais.


O que despertou o seu interesse?


SUGA: De certa forma, é o mercado mais desenvolvido comercialmente. Você pode perder a atenção do setor em um piscar de olhos se não for viável. Portanto, nesse sistema, você tentaria de tudo e seria uma forma eficiente. Eu quero fazer música por muito tempo e, para isso, eu sempre quero aprender mais sobre a indústria musical global porque eu quero fazer música que possa ser amada não apenas na Coreia, mas também nos EUA, Japão e Europa.


Falando nisso, parece que BE foi influenciado pela música do passado e não pelas tendências atuais.


SUGA: Eu gosto especialmente de música improvisada. Eu amo as músicas que foram feitas em apenas uma tomada em vez de serem gravadas várias vezes. Nessa era de crossover de gêneros, o desejo de fazer melhor na música está crescendo dentro de mim.


À medida que os gêneros se tornam mais misturados, a melodia que você usa deve ser mais importante. Começar a tocar violão afeta a sua composição de alguma forma?


SUGA: Eu sempre gostei de usar sons de violão. E sempre gostei dos Eagles. Se você toca violão, é muito mais fácil escrever músicas porque você pode carregá-lo para onde quer que vá, dedilhar as cordas para criar linhas melódicas. Os teclados são difíceis de transportar. (Risos) Normalmente eu trabalho no meu laptop, mas pensei que definitivamente precisava de um instrumento. Isso acelera o meu trabalho e aprimora a minha compreensão dos acordes.


Isso me faz pensar que você poderia fazer melodias intuitivamente.


SUGA: É mais fácil escrever uma música porque você pode fazer uma progressão intuitivamente e tentar muitas coisas diferentes. Durante o meu trabalho em ‘Eight’, a IU gravou e me enviou uma música do seu telefone. Na época, eu não sabia tocar violão, então tentamos ter certeza de que estávamos trabalhando na mesma página ao acompanhar o progresso um do outro. Isso me fez sentir a necessidade de aprender um instrumento.



Na verdade, isso foi antes de você começar a tocar violão, mas eu achei ‘Telepathy’ em BE muito interessante. As diferentes progressões melódicas entre os ganchos de cada membro me fizeram pensar se você escreveu a melodia intuitivamente para cada parte.


SUGA: Eu tentei uma melodia pela primeira vez nesse ano (2020) e, quando eu comecei a conhecer a diversão da música, ela abriu muitas portas para mim. Então foi fácil trabalhar nisso. Eu apenas toquei uma batida e escrevi do começo ao fim. Feito. Eu escrevi em apenas 30 minutos. A música quase se escreveu sozinha. As tendências do pop e do hip-hop nos dias atuais cruzam as fronteiras entre vocais e rap. Eu gosto dessa tendência.


Quando eu ouço você cantando, parece que você está atingindo as batidas em vez de cantar junto com as notas. Então eu pensei que talvez você estivesse cantando como se estivesse fazendo um rap.


SUGA: Quando você está fazendo rap, você apenas pensa no ritmo, então é como simplesmente colocar uma melodia em um ritmo. Para definir o que vem primeiro, acho que a melodia acrescenta muito ao escrever o rap.


Em ‘Life Goes On’, o trecho que diz "Felizmente entre você e eu, nada mudou" está em algum lugar no meio da música. Não é rap, mas seria muito simplista dizer que é uma mera melodia.


SUGA: Obviamente, há músicas em que o rap precisa ser destacado. Por exemplo, em ‘Dis-ease’ ou ‘Ugh!’, você tem que ser bom no rap. Mas em músicas que deveriam ser fáceis de ouvir, raps impressionantes nem sempre são o caminho a percorrer. Às vezes, você deseja transições suaves sem obstáculos.


Nesse sentido, o fluxo do rap de ‘Blue & Grey’ foi impressionante. Em vez de um efeito dramático que enfatiza cada parte, você estendeu o rap tanto quanto a batida lenta.


SUGA: Para ser honesto, é difícil fazer rap nessa batida. O início da música tem apenas um verso de guitarra, o que a torna ainda mais difícil. Eu participei quando escrevemos a letra de ‘Blue & Grey’ e sempre quis trabalhar em uma música como essa. Era porque o primeiro verso falava sobre o tema da música.



Parece que você conquistou quase tudo o que queria em BE.


SUGA: Acho que demorou menos de uma semana para fazer a minha parte do álbum. Depois de ter escrito uma ou duas melodias para ‘Life Goes On’, eu escrevi uma versão completa com rap e gostei de ter trabalhado em um arranjo e letra separados. Em vez de refletir sobre as formas que podem dar certo, eu prefiro simplesmente tocar a música e escrever.


Muitos criadores não se sentem seguros, mesmo depois de terem produzido um bom trabalho. Como você obtém a convicção para liberar o seu trabalho?


SUGA: Muitos músicos não têm certeza se devem lançar suas músicas ou não. Foi a mesma coisa para mim, mas a questão é, você nunca vai liberar nada se fizer tudo cuidadosamente. Por exemplo, se lançarmos 10 músicas, temos a chance de revelá-las em shows ou eventos de fãs. E, às vezes, enquanto ouvimos a música, nós pensamos: "Por que essa parte que me incomodava não me incomoda mais?" Algumas coisas podem parecer estranhas em algum momento, mas com o tempo, não parece mais estranho. Até eu me esqueço disso. Assim, é mais eficiente fazer um ajuste fino, olhando para o quadro geral, em vez de pensar excessivamente nos detalhes. Além disso, durante as promoções, eu não tenho tempo para escolher as faixas que outros enviaram por 10 horas. Seria um sucesso para todos nós se cada um de nós tocasse e escrevesse uma melodia no seu próprio tempo e colaborasse com os outros nos detalhes. Portanto, a forma de escrever músicas evoluiu em muitos aspectos.


O que motivou essa evolução?


SUGA: Eu acho que evoluiu naturalmente. Eu mudei a minha personalidade esse ano (2020), bem como em termos de interpretação e atitude perante a vida, a ponto de eu quase pensar que antes eu estava ensaiando. Como seria se não houvesse um palco para eu ir ou alguém se preocupando comigo? Esse pensamento me fez perceber o valor dessas coisas.


Em ‘Dis-ease’, você canta "Não sei se é o mundo que está doente". Foi esse estilo de vida que mudou a sua opinião sobre o trabalho?


SUGA: Sim. Quando eu era jovem, eu abraçava a crença de que ‘deve ser minha culpa’, mas, conforme eu fui crescendo, eu percebi que isso nem sempre é verdade. A maior parte do que eu pensei ser minha culpa, na verdade não era minha culpa. Por outro lado, há coisas que eu fiz bem e ocasiões em que eu tive sorte.


‘I NEED U’ veio à tona durante um período em que você ainda pensava: "Deve ser eu". Depois que os membros subiram no palco para apresentar ‘I NEED U’ no Song Festival da KBS, você escreveu no Weverse: “É o mesmo que cinco anos atrás.” Como você se compara com aquela época? (Esta entrevista foi realizada em 19 de dezembro de 2020.)


SUGA: Nós amadurecemos uma boa quantia. E as nossas apresentações no palco se tornaram mais naturais. Eu ainda gosto de ‘I NEED U’. Só de ouvir a batida, já me deixa sentimental e, acima de tudo, a música ficou boa. Enquanto eu estava assistindo isso e aquilo, eu me deparei com vídeos antigos. Assistir eles me fez pensar que nós não mudamos muito.



Em que aspecto vocês não mudaram muito?


SUGA: Antes de as medidas de distanciamento social ficarem mais rígidas, eu conversei com o fotógrafo de BE, que eu conheci há quatro anos. O fotógrafo ficou surpreso por não termos mudado muito depois de todo o sucesso, embora ele tivesse assumido que seríamos muito diferentes.


Eu estou pessoalmente impressionado. Eu tive a chance de conhecer os membros antes do seu debut, mas pela sua maneira de falar com os membros ou outras pessoas, realmente parece que vocês não mudaram.


SUGA: Acho que é porque nós não damos grande importância ao sucesso. Por exemplo, é incrível ser classificado em primeiro lugar nos charts da Billboard, mas também há essa sensação de "Ok, e?".


Até o Grammy? (Risos)


SUGA: Quando fomos nomeados para o Grammy Awards, nós pensamos "Isso é real?" (Risos). É claro que ficamos maravilhados, mas isso não nos fez pensar em algo como "Somos cantores nomeados para o Grammy". Se você é indicado, você é indicado e, se receber o prêmio, você receberá o prêmio. Você não fica agitado por isso. Sei que é um grande prêmio e ficaria muito grato se o recebêssemos, mas sabemos que nada é possível sem o tremendo apoio dos nossos fãs. O que é mais importante é que os fãs fiquem mais lisonjeados do que nós quando recebemos um grande prêmio. Então, todos estão se alegrando, mas é como "Vamos fazer o que temos que fazer". Temos nos treinado para continuar encontrando os nossos lugares, assim ninguém fica excessivamente animado.


Em 'Fly To My Room', há um trecho da letra que diz: "Este quarto é muito pequeno para conter meu sonho" e "Às vezes este quarto se torna uma lata de lixo emocional, mas me envolve". Eu tive a sensação de que o quarto realmente tinha sido um lugar assim e que você estava aceitando que você mudou. Então, a essência deve ter permanecido a mesma.


SUGA: Não foi fácil aceitar que nós eventualmente mudamos. Mas eu acho que foi bom termos mudado. O que fizemos naquela época só foi possível naquela época e pudemos mudar por causa das coisas que havíamos realizado.


Então, com que coisas novas você está sonhando?


SUGA: Eu estou ansioso para continuar fazendo música. Como todas as apresentações foram canceladas devido à COVID-19, eu tive a chance de conversar com muitos músicos na Coreia. Conversei com cantores lendários e também com pessoas que são minhas contemporâneas. Conversar com eles mais uma vez me fez perceber que eu amo muito música. Como música é a minha profissão, eu não consigo me imaginar deixando de fazer isso. Sou grato por ainda haver áreas não visitadas no mundo da música.



Com que tipo de música você acha que se envolverá no futuro?


SUGA: Eu fiquei muito motivado quando assisti o show do Na Hoon-a no último Chuseok. Eu me perguntei quantos músicos seriam realmente capazes de tocar e escrever música por tanto tempo como ele. Naquele momento, me ocorreu que ‘eu quero ser como ele’. Ele tem paixão e desejo e, acima de tudo, ele é um superstar. Há alguns anos, eu levei os meus pais a um show do Na Hoon-a e, quando eles assistiram à última apresentação do Chuseok, eles disseram que era bem menos impressionante vê-lo se apresentar pela TV. (Risos)


Isso deve explicar o seu interesse em um espectro mais amplo de música, desde instrumentos até composição e gêneros musicais. Porque você quer fazer isso por muito tempo.


SUGA: Meu objetivo é continuar fazendo música em qualquer forma ou formato. Nesse sentido, eu tenho um grande respeito pelo Cho Yong-pil. Ele pega o melhor som que existe e o reinterpreta como seu próprio. Acho que é algo que eu quero imitar e continuar mudando e evoluindo para poder continuar fazendo música nas próximas décadas.


A letra que diz "Felizmente entre você e eu, nada mudou" deve soar mais significativa para os fãs, porque eles ouvirão a sua música por um longo tempo.


SUGA: Um mês e meio nos tempos atuais deve parecer uma vida inteira para os fãs quando estamos distantes. Eu sinto o mesmo. Mas eu acho que isso é prova de que trabalhamos duro nos últimos sete anos e de que os fãs têm nos ajudado com paixão. Eu estou me esforçando para chegar até eles o mais rápido que eu posso e estou ansioso para subir no palco. Estou passando por isso porque quero estar melhor no palco, em melhores condições. Então não fiquem tristes e, por favor, aguentem firme um pouco mais.



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