*Tradução livre a partir de entrevista publicada em 27 de julho de 2021. Caso deseje visualizá-la, acesse: https://magazine.weverse.io/article/view?lang=en&num=210
j-hope: “Eu não sou o tipo de pessoa que se contenta com a vida como ela é”
[Entrevista do lançamento do álbum de "Butter"]
O j-hope em si não mudou desde os dias antes do seu debut. A maneira como ele trata os outros, a forma como ele se sente em relação ao BTS, a sua paixão pela dança - elas não foram a lugar algum. Apenas a sua amplitude mudou, junto à amplitude de suas crenças profundamente arraigadas, sua vontade e seus sonhos.
“Butter” tem sido uma grande sensação nos Estados Unidos.
j-hope: Eu trabalhei duro me preparando para isso, mas sempre que tento abraçar um sucesso não intencional, na minha mente eu sempre fico... É como se fosse metade felicidade e metade um sentimento que me faz pensar seriamente sobre o que eu realizei. Há um senso de responsabilidade que acompanha essa conquista tão honrosa. O ARMY fez muito para nos manter no primeiro lugar e eu sou incrivelmente grato por isso. Ao mesmo tempo, eu também percebi que os nossos nomes estão se tornando conhecidos por mais pessoas no mundo da música pop americana.
Parece que quanto maior o sucesso, mais coisas você acaba pensando.
j-hope: No passado, eu apenas aceitaria humildemente e foi algo pelo qual eu trabalhei duro, então eu ficava feliz em aceitar - e isso era um tanto imaturo, eu acho, mas agora é diferente. Eu trabalho constantemente há mais de oito anos e não tem sido fácil conquistar tanto nesse intervalo de tempo. Portanto, de agora em diante, eu estou colocando um ponto de interrogação sobre como devo continuar e manter as coisas do jeito que estão e que atitude e postura devo ter agora. É um dever de casa que eu ainda não consegui descobrir a resposta, basicamente.
Que efeito esses pensamentos têm na maneira como você se expressa como artista?
j-hope: Eu também sou um artista e não acho que eu leve qualquer performance levianamente. Desde que nós fizemos "Dynamite", o número de vezes que eu repasso as minhas performances depois de terminadas aumentou. Eu senti como se eu fosse responsável por fazer as danças se destacarem, então achei que deveria dar o meu melhor nesse aspecto. Você não quer entregar uma performance insuficiente quando tantas pessoas estão enviando o seu amor a você. Cada um dos membros pensa assim. E acho que nós criamos uma atmosfera para os nossos momentos de práticas onde somos capazes de enxergar o quão importante essas coisas são. Afinal, mesmo que não demonstremos uns aos outros, todos nós sabemos como é importante praticar as nossas performances.
Parece que deve haver uma atmosfera de compreensão no estúdio de prática.
j-hope: Nós costumávamos ter que praticar por um longo tempo, repetidamente, para nos sincronizarmos. Praticávamos por cerca de 10 horas, revíamos as nossas performances, fazíamos uma pausa e então voltávamos, descansávamos um pouco mais e fazíamos de novo. Isso foi lá atrás, mas, agora, depois de toda aquela experiência, cada membro sabe onde precisa se concentrar, então coordenamos as nossas disposições, fazemos avanços intensos e fazemos o que precisamos até que esteja tudo certo. Então, nós fazemos uma pausa. Nós realmente fazemos uma pausa. Agora nós nem mesmo precisamos pensar sobre isso. Então é, tipo, tudo bem, vamos fazer tudo o que temos que fazer para que possamos nos apressar e descansar um pouco. Essa parte não parece certa? Vamos resolver isso rapidamente. É assim que nós fazemos. Somos mais eficientes no trabalho e na prática agora.
Isso também afetou você individualmente? Conforme você pensa mais sobre as suas performances, as partes nas quais você se concentra podem mudar.
j-hope: A dança é importante, mas acho que percebi o quão importante é o aspecto visual. A razão pela qual eu mudo o estilo do meu cabelo ou outras coisas com tanta frequência nos dias de hoje é porque eu quero que a minha aparência se misture naturalmente à música. Como sempre fui dançarino, eu apenas continuei trabalhando duro nas coisas que eu poderia fazer o meu melhor. Mas, obviamente, é importante não exagerar no visual, então fiquei de olho nisso e eu o ajustei para cada performance. Essa é a parte mais importante.
A sua dança em “Butter” é uma coisa, mas também é uma performance na qual que você precisa demonstrar o seu caráter. O que você esperava mostrar?
j-hope: Eu queria mostrar o quanto eu cresci em "Butter". O estilo é ousado, gira em torno de ternos bem feitos e a coisa toda parece sexy. Eu tentei transmitir isso o máximo que pude. E eu aprendi muito observando os membros que são bons em expressar isso. Eu peguei todas as maneiras diferentes que pensei que poderia experimentar e as derreti todas juntas, suaves como manteiga. (risos)
O que se passa na sua mente quando você está se apresentando, especialmente quando os holofotes estão sobre você? Como quando você faz aquele break dance repleto de movimentos lentos que capturou a atenção de todos em “Butter” ou a dança disco solo que você fez para o break dance de “Dynamite” no MMA 2020.
j-hope: A minha mentalidade não muda. Quando os holofotes estão sobre mim, é uma oportunidade para mim, de certa forma. É uma chance para que eu brilhe entre a nossa equipe e os seus sete membros incríveis, então eu estou sempre procurando aproveitar essas oportunidades fazendo o meu melhor. Eu não devo recusar o que tem vindo para mim e devo mostrar tudo o que tenho para mostrar. O ARMY e o público em geral serão os jurados e, se eles tiverem algo a dizer sobre isso, eu tenho que aceitar e corrigir, eu acho. Quero dizer que eu desenvolvi o meu próprio tipo de crescimento, corrigindo, praticando, corrigindo e praticando repetidamente. Eu danço há muito tempo, mas sempre sinto que poderia estar fazendo mais. Então, eu coloco todo o meu esforço e encontro prazer quando faço algo que acaba saindo muito bem.
Mas, se você olhar para a sua fancam de “Butter”, você continuamente reage junto aos outros membros dançando, mesmo quando você não é o foco da câmera principal.
j-hope: Eu não faço isso conscientemente. Mas, hoje em dia, quando eu assisto a cerimônias de premiação do exterior ou apresentações de artistas pop filmadas em vídeo, eu sinto que eles não têm partes muito editadas ou cortes rápidos. Eles capturam a energia dos artistas enquanto mostram toda a cena, por isso estou sempre pensando em como nunca sei onde ou como serei capturado em vídeo. Então, mesmo quando a câmera está focando principalmente no Jin, em alguns casos, você ainda pode me ver atrás. Portanto, eu acho que definir o "clima" ao fundo para que não interfira na parte dele é uma parte extremamente importante de uma boa performance.
Acho que você foi muito consistente. Quando SUGA vem à frente para fazer um rap no final da música, você continua lançando pequenos gritos para levantar o astral.
j-hope: É divertido, sabe? Fazer aquilo. (risos)
Isso soa como um bom equilíbrio, na medida em que você pode continuar a se expressar individualmente enquanto se mantém dedicado ao grupo.
j-hope: Eu concordo. Acho que é algo que sempre tive na minha cabeça. Mas, como estou me apresentando dentro dessa grande estrutura de grupo, me certificar de que não se interfira nessa estrutura vem antes de mais nada.
A performance de “Permission to Dance” tem um sabor diferente de “Butter” nesse sentido. Enquanto “Butter” concede a cada membro o seu momento de brilhar, “Permission to Dance” parece situar a importância no clima geral de todo o grupo. Eu sinto que isso traz à tona a sua característica pessoal de ser alegre e esperançoso.
j-hope: Quando nós recebemos a música, me ocorreu que eu poderia simplesmente ser eu mesmo nessa canção. Não há necessidade de atuar. Eu posso simplesmente usar o sentimento real que sinto quando eu estou no palco. Essa também é a mensagem que essa música almeja, então acho que veio naturalmente. Como se eu estivesse feliz, mas também à beira de lágrimas?
A dança faz uso da linguagem de sinais. Embora seja uma dança, também transmite uma linguagem, então imagino que havia muitas coisas a se considerar.
j-hope: Sim, havia. Estamos transmitindo uma linguagem, embora não usemos muito da linguagem de sinais nos nossos passos de dança. Portanto, embora a música seja boa e leve no geral, mesmo quando estávamos praticando, nós dizíamos como temos que ter certeza de que os movimentos estão perfeitamente precisos. Nós achamos que deveríamos entender a importância por trás da linguagem de sinais para transmitirmos adequadamente o seu significado. Portanto, pensamos que deveríamos fazer o nosso melhor para fazer os movimentos corretamente e, ao mesmo tempo, tentar preencher a música com alegria e emoções positivas. Nós passamos um bom tempo integrando os movimentos à rotina de dança, então acho que fomos capazes de mostrar a nossa atitude em relação à performance de maneira bastante natural.
Acho que os seus vocais e expressões faciais no início da segunda estrofe de “Permission to Dance” ajudam as pessoas a entenderem intuitivamente que tipo de música é. Isso me faz pensar no que você disse no vídeo “ARMY Corner Store”, publicado no YouTube pela celebração do oitavo aniversário do grupo no FESTA 2021 – que você é como “vitaminas” para o grupo.
j-hope: E eu sou. Eu usei essa expressão porque sinto que, de forma consistente e imutável (risos), eu dou uma boa energia à equipe. Eu não sei se sou realmente as vitaminas ou não. Olhando para trás, eu sempre tentei dar a eles boa energia e mantê-los em um bom humor e acho que é seguro dizer agora que eu sou uma daquelas pessoas que se esforça para manter a energia do seu grupo alta. Eu ainda fico um pouco envergonhado, no entanto. (risos) Eu não diria que não sinto nenhuma pressão sobre esse rótulo. Todos os sete de nós temos que agir como um para que o BTS funcione e isso está sempre na minha mente, então isso me faz ter cuidado para que eu não me destaque dos demais. Porque a equipe funciona bem quando cada um tem a sua função. E por sempre ter isso em mente, eu devo fazer o que posso, eu sou capaz de contribuir para a equipe e acho que acabei me sentindo um pouco mais confiante nas coisas que achava difíceis expressar no passado.
Houve algum impulso por trás dessa mudança?
j-hope: Eu senti e percebi exatamente o que eu precisava fazer com a minha própria identidade pessoal e energia logo depois de lançar a minha primeira mixtape. Dali em diante, eu pensei que deveria expressar as minhas visões musicais e coisas como a minha energia regularmente, mas não de uma forma intensa. Antes, a medida em que o tempo passou e o grupo realmente explodiu, acho que eu tive que deixar de lado grande parte da pressão para me expressar. Então, comecei a sentir que eu gostaria de tentar me expressar à minha própria maneira, assim como a equipe se saía bem.
Quando você revelou o seu lado depressivo diretamente, desde ao lançar “Dis-ease” durante o período da pandemia até “Blue Side” da sua mixtape, isso foi um reflexo dessa influência também?
j-hope: As emoções das pessoas mudam todos os dias, assim como o seus sentimentos e as coisas que podem aceitar ao longo das suas vidas, não é mesmo? Então, eu acho que a mudança de emoções que senti e passei a aceitar conforme o grupo crescia em popularidade também se expressa pela maneira como as minhas músicas mudaram. Isso também é algo em que eu sempre fico pensando, mas eu sou apenas mais um jovem vivendo sua vida nesse planeta. Eu não sou muito diferente de ninguém, o que significa que nem sempre eu posso ser tão alegre quanto eu estava em Hope World. É por isso que eu tentei uma abordagem diferente para as coisas que eu poderia expressar.
O que você descobriu depois de tentar isso?
j-hope: Eu acabei pensando nas sombras dentro de mim. Eu não percebia isso quando estávamos nas nossas promoções, mas, com o mundo inteiro de repente paralisado, nós temos todo esse tempo em que não podemos fazer nada e eu posso observar todas as sombras por baixo – sentado no estúdio, pensando sobre o tipo de vida que vivi, vendo as apresentações do BTS na TV, eu penso, isso é quem eu era. A quantidade de força de vontade que eu encontrei durante esse tempo foi tremenda. E eu achei melhor usar todos esses sentimentos inteiramente e de uma vez, já que essas são emoções e canções que provavelmente só poderiam ser escritas nesse momento de qualquer maneira. Então, eu coloquei todas essas emoções escritas como em um diário e “Dis-ease" nasceu. Com "Dis-ease" como ponto de partida, eu pensei que poderia incluir coisas como a minha escuridão interior e é por isso que eu fui capaz de lançar "Blue Side".
O que você enxergou quando olhou para dentro de si?
j-hope: Eu acabei vendo um lado da vida real do Jeong Hoseok que eu não conseguia perceber antes. Fiquei pensando sobre qual vida seria melhor para o j-hope enquanto estávamos trabalhando e, então, me perguntei como seria a vida do Jeong Hoseok como um todo. Enquanto isso acontecia, eu percebi que eu não sou apenas uma pessoa sempre alegre - eu também vivencio dificuldades. Então, eu pensei que poderia me aproximar dos ouvintes compartilhando pequenas partes de mim que eu estava escondendo e que seria interessante mostrar às pessoas um lado meu que é diferente da sua ideia de quem o j-hope é. Mais importante ainda, eu não sinto qualquer resistência sobre quem eu sou agora. Como uma pessoa que faz música e lança músicas sobre a sua vida pessoal, eu acho que tudo isso faz parte do processo.
Há um verso em "Blue Side" onde você canta: "Agora eu só quero queimar o azul até a morte". Parece que aqui também algo da sua sombra foi revelado.
j-hope: Se você estiver morrendo de calor, vai estar muito quente. Mas as partes que eu chamei de "azul" são um lugar para o qual eu escapo conscientemente para evitar as coisas. É um lugar para onde eu fujo, onde eu poderia viver com segurança e ser engolido por isso, mas eu não quero fazer isso. Então, acho que tentei mostrar que quero despertar a minha paixão pelas coisas que eu queria fazer, mesmo que eu esteja morrendo de medo. Para ser honesto com você, eu não sei como criei essa parte da letra exatamente. Eu escrevi essa parte muito tempo atrás, quando estávamos em turnê no exterior. Eu não sou alguém que bebe muito, mas essa foi a primeira letra que eu lancei tendo escrito ela enquanto eu bebia. (risos) Quando escrevo letras quando eu estou bebendo, muitas vezes eu me arrependo delas quando as vejo de manhã, mas, quando olho para elas novamente depois de algum tempo, posso dizer que são letras que eu só poderia escrever com os sentimentos que tinha naquele momento. Quando eu lanço esse tipo de música, eu fico com algum tipo de sensação. E quando eu me dou feedback sobre abminha própria música, uma versão de mim mesmo que é diferente de como eu era antes de fazer a música emerge.
Há mais alguma coisa que você aprendeu sobre você ultimamente?
j-hope: Hum... Eu sou – o que devo dizer – não sou o tipo de pessoa que se contenta com a sua vida como ela é. Eu poderia simplesmente continuar vivendo como estou e fazer o que eu quiser da minha vida, mas eu não sei, honestamente. Eu já vi tantas coisas incríveis acontecerem, mas eu quero dar um passo adiante, como indivíduo e como membro do BTS. Um dia me ocorreu um pensamento: Eu tenho me desafiado ultimamente? Além de fazer músicas ou dançar? Mas a resposta foi não. Então, eu decidi que iria me desafiar e tentar algumas coisas, uma das quais era estudar inglês. Ainda é difícil e tenho um longo caminho a percorrer, mas estou dando o meu melhor devido à nossa agenda atual.
O que você está ganhando ao estudar inglês, na sua opinião?
j-hope: Se eu conseguir falar em inglês, então eu posso dar e receber orientações com artistas que falam inglês quando estou trabalhando com música. O meu pensamento é que este é um canal de comunicação que eu posso abrir e que abrirá mais possibilidades na minha vida. Mas pode acabar sendo difícil continuar estudando com a nossa agenda atual (risos), então, embora eu diga que vou fazer isso, talvez eu não consiga. A sua mente pode mudar a qualquer minuto e você pode tomar decisões diferentes a qualquer momento, dependendo de como deseja viver a sua vida. No momento, eu estou tentando fazer música tendo como objetivo final a própria música, estou tentando me desafiar com performances tendo como objetivo final as próprias performances e estou tentando me esforçar pessoalmente pelo BTS. E estou trabalhando duro para descobrir o que preciso fazer para os meus próximos passos.
Qual você imagina que será o seu próximo passo?
j-hope: Eu acho que o meu próximo passo pessoal é fazer a nossa música crescer globalmente. Tenho feito uma autorreflexão ultimamente e há muito que eu quero fazer. Eu também tenho muitos sonhos. Chegar até aqui com o grupo, ver os outros artistas pop com quem temos competido na parada da Billboard realmente me impressionou e, agora, estou mais sério sobre querer expressar algo. Por exemplo, estou sonhando em desenvolver a nossa música globalmente, uma vez que o ambiente para ter uma boa sinergia com artistas estrangeiros já foi construído.
Você e também o BTS subiram passo a passo e, agora, podem sonhar com novos passos. No vídeo do FESTA 2021, o “ARMY Corner Store”, você disse que o presente só é possível porque o BTS seguiu o caminho que fez desde a sua música de debut, então você não queria alterar nada do seu passado. (risos) Ainda assim, há algo que você gostaria de dizer ao seu eu passado, se pudesse dizer apenas uma coisa?
j-hope: Como uma piada, eu diria: "Ei, ouça essa melodia: 'Smooth like butter'... isso, escreva isso. Se você fizer isso, você será o número um na Billboard." Eu poderia fazer assim, certo? (risos) Mas, para mim, mesmo as partes da minha vida que não eram boas tornaram-se oportunidades de crescimento. Então, ao invés de dizer ao meu eu do passado para consertar algo, eu apenas diria a ele para acreditar em si mesmo, seguir em frente com a sua vida como ele quiser e continuar trabalhando duro, mantendo as coisas do jeito que estão. Para além disso, eu não teria nada a dizer a ele.
Então, como você se sente em relação ao ARMY agora que eles subiram todos aqueles degraus junto ao BTS?
j-hope: O ARMY é absolutamente... Eu sinto que eles próprios se tornaram um ícone. Eu estou muito orgulhoso deles. Eles são incríveis. O ARMY é como um artista em si agora também. Mais ou menos como se fossem um grande símbolo da era? O ARMY é tão famoso quanto o BTS agora. Eu acho que damos boa energia uns aos outros e nos ajudamos a fazer algo bom. Pode parecer óbvio vindo de um membro do BTS, mas se eu fosse um ARMY, eu nunca teria vergonha de me chamar de fã do BTS. Enfim, estou falando sério... Eu quero que eles sempre saibam que eu sou muito, muito grato a eles.
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