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O trailer do jogo BTS Universe Story: Uma análise profunda a partir de The Notes 2

Oi, ARMY! Bem-vindo(a) de volta! Como prometido, hoje gostaríamos de conversar um pouco com você a respeito do trailer do jogo BTS Universe Story, lançado no segundo semestre do ano passado como componente oficial do Bangtan Universe.


Se não souber do que se trata esse jogo, basta clicar aqui. Em seguida, caso nunca tenha feito isso, assista o trailer:



Bom, as nossas inquietações têm início já no título. A verdade é que esse trailer do jogo foi publicado em dois canais diferentes: no canal oficial do jogo - no qual o trailer foi chamado apenas de “Trailer Oficial” - e também no canal BANGTANTV - no qual vemos um título muito intrigante, que é BTS Universe Story 花樣年華 'MAP OF THE SOUL'. Você reconhece todos esses elementos?


Nesse título, os quatro caracteres chineses da era HYYH são colocados lado a lado com MAP OF THE SOUL. Vamos relembrar os significados que residem em cada um desses nomes?


HYYH é uma sigla para “Hwa Yang Yeon Hwa”. Em coreano, esse título se escreve como 화양연화. No entanto, o BTS trouxe em destaque nessa era alguns caracteres chineses: 花 樣 年 華.


'花樣年華' pode ser traduzido aproximadamente como “O momento mais bonito mais bonito da vida”, mas é interessante desmembramos esses caracteres para entendermos mais a fundo o seu significado. Segundo alguns ARMYs que compreendem a língua chinesa em seus caracteres tradicionais, poderíamos separar o título em 花樣 e 年華 ou ainda 花, 樣, 年 e 華. Veja os significados aproximados na imagem abaixo:



Assim, a era HYYH, sob os caracteres '花樣年華', vem nos falar sobre os anos floridos ou o período em que uma flor desabrocha, o período de florescimento. Esse conceito conecta-se brilhantemente à JUVENTUDE que é bela mas curta, como o florescer de uma flor e é por esse motivo que o BTS Universe teve o seu ponto de partida - ao menos oficial - junto a essa era.


Ok, mas e MAP OF THE SOUL, isto é, MAPA DA ALMA? Partindo da Psicologia Analítica de Carl Jung e do livro “Jung - O mapa da alma”, do Dr. Murray Stein, MAP OF THE SOUL é a era do BTS que tem como tema um mergulho nos mistérios da psique humana não como conceitos ou termos, mas como parte viva de quem somos, de quem fomos e de quem podemos ser; parte viva da nossa identidade e de como nos comportamos; como aquilo que somos na nossa essência.


Em um processo de autoconhecimento que não seja superficial, mas sim profundo é que MAP OF THE SOUL se encontra com outras temáticas como o amor próprio, crescimento e amadurecimento, as transições por diferentes fases da vida e o abraço ao todo que compõe o que somos - seja isso “bom” ou “ruim”.


É por essa razão que, nas notas, não apenas em The Notes 2, nós já vínhamos observando esse movimento de conexão entre o BU, que teve origem em HYYH, com as temáticas que colocamos acima, que passou pela era Love Yourself e que, agora, se via diante de novas perguntas que demandam dos próprios personagens um mergulho mais profundo em quem eles são - o que nos leva ao MAPA DA ALMA. Podemos citar como exemplo o fato de que SeokJin passa a buscar o mapa da alma como solução para os loops do tempo.


Assim, desde a era Love Yourself, o mapa da alma vem se mesclando ao conteúdo do BU nas notas e, agora, estamos no auge dessa relação, afinal de contas, em The Notes 2, SeokJin realmente encontra uma resposta para os loops e para a montanha-russa na qual vivia através do mapa da sua alma, isto, é, como o personagem explica na nota de 03 de agosto do ano 22 desse livro. Ele diz:


“[...] o que o mapa da minha alma seria? Meus erros e equívocos, as escolhas que eu fiz e que não fiz, e as coisas que mudaram por causa disso... O mapa da minha alma teria tudo isso nele. [...] 'Você acha que consegue consertar os erros e equívocos e salvar a todos vocês?' Eu finalmente fui capaz de responder a pergunta. E agora eu sabia por que eu estava de volta no loop do tempo de novo quando eu achei que tinha acabado. A pergunta em si estava errada. Eu não tinha que nos salvar. Eu não tinha que consertar os erros e equívocos, também. O que eu tinha que fazer era aceitar todos os meus erros e equívocos como parte de mim. A única pessoa que eu não conseguia salvar era eu, e eu tinha que perdoar, aceitar e amar a mim mesmo. Essa era a única resposta.”


Quanto mais conhecemos, mais amamos. Quanto mais amamos, mais conhecemos. Quanto mais profundo vamos em nós mesmos, mais vastos se tornam os nossos horizontes. É assim que o BU em HYYH, WINGS, Love Yourself e MAP OF THE SOUL se faz como um.


Contudo, a nossa questão pendente agora é: Essa conexão BU-MOTS da qual temos lido pelas notas e acompanhado por alguns outros elementos como o jogo em si poderia ganhar vida também nas telas, para além do que assistimos nesse trailer?


Como vocês bem sabem, não acreditamos que a era MAP OF THE SOUL já tenha chegado ao seu fim - ou, ao menos, a temática da psique humana. Há mais a ser explorado ali e não acreditamos que o BTS deixaria essas “pontas soltas”. Saiba mais aqui.


Dados esses toques iniciais a respeito do título, vamos ao vídeo então?


*Apenas um último alerta: O trailer, enquanto componente do BU, passa por menções a conteúdos sensíveis como morte, violência, etc. Então, pedimos que, por favor, você se atente a isso, ok?



O trailer tem início com SeokJin olhando na direção da câmera e sorrindo. Segure essa imagem até o final e voltaremos a ela, combinado?


No entanto, logo em seguida, somos levados ao dia 30 de setembro do ano 22, a data dentre as notas do BU em que ocorre um momento de caos na vila dos containers, levando a um incêndio e, consequentemente, à morte do NamJoon - evento que SeokJin até a versão da linha do tempo em The Notes 2 não havia conseguido evitar.



A respeito desse momento de caos na vila dos containers, vale a pena te contextualizarmos um pouco: A cidade de Songju, onde se dá a história do BU, começa a passar por um processo de redesenvolvimento urbano. O que é isso? É uma proposta mais difundida no mundo do que podemos imaginar, que parte da ideia de reconstrução ou requalificação de antigas áreas industriais ou de moradia para a modernização do espaço. A questão é que, para alcançar os seus objetivos, esse plano para o redesenvolvimento de Songju trazia como necessidade a “liberação” de certas áreas para uso - uma dessas áreas era a vila dos containers, onde NamJoon morava. Essa situação se torna ainda pior ao descobrirmos que, por trás da fachada desse plano, havia um gigantesco esquema de corrupção que conectava pessoas poderosas de todas as áreas que se possa imaginar, inclusive o Deputado Kim ChangJoon, o pai do SeokJin.


Dessa forma, o momento de caos que acompanhamos nas notas e aqui nessa cena se trata da noite de 30 de setembro do ano 22, quando homens enviados pelo grupo por trás do plano de redesenvolvimento invadem a vila dos containers, agridem os moradores e ateiam fogo a objetos e containers, em uma tentativa de forçar a sua saída daquele espaço.


É fato que aquelas pessoas não tinham “posse” sobre aquele espaço, mas a vila dos containers era tudo o que tinham. Tudo o que conseguiam ter pelas suas condições. E essas pessoas que já não tinham quase nada, nessa noite, perdem ainda mais. O próprio SeokJin nos descreve isso em uma nota:


“Pessoas com máscaras pretas e chapéus de repente apareceram na fumaça. Seus canos de metal rasgavam o ar esfumaçado. Alguém caiu agarrando sua cabeça que sangrava. Latas de tambor em chamas rolavam no meio dessas pessoas. O lugar parecia como o inferno na terra com o cheiro de ferro e plástico queimando, chamas subindo e pessoas chorando.”



Repentinamente, NamJoon ganha destaque na tela. Ele parece perturbado pelo seu entorno, mas também atento, como se estivesse procurando algo ou alguém. De fato, ele estava. NamJoon procurava WooChang, um garotinho da vila dos containers com o qual ele costumava passar tempo. WooChang era sozinho e, por vezes, passava fome também. Assim, NamJoon era um amigo e uma figura de ajuda para o menino e, em meio a esse caos, ele não deixaria de protegê-lo.



Contudo, a cena passa por uma rápida mudança e vemos SeokJin de pé em um espaço que é uma representação do escritório do seu pai, na sua casa. Ele folheia algumas páginas em uma prancheta e o que temos ali, na verdade, são planilhas que ele encontra no escritório do seu pai com os nomes dos moradores da vila dos containers, de modo que esses seriam a qualquer custo despejados.


Além do rosto preocupado do SeokJin, a cena nos permite observarmos algo em destaque atrás do personagem: um quadro que ficava no escritório. Essa cena do SeokJin se passa em 02 de agosto do ano 22, data na qual ele mesmo nos fala sobre esse quadro em uma nota de The Notes 2:


“Quando entrei pela porta, vi uma pintura sobre a mesa. O mar vasto, ondas violentas e uma precária jangada de madeira. Pessoas sem comida ou bebida. Pessoas sem bússola ou esperança. Por ódio, medo e desejo, elas matavam e sugavam o sangue umas das outras enquanto morriam lentamente. Quando eu era jovem, eu tinha tanto medo da pintura que ficava longe daqui. Eu pensei sobre por que ele tinha essa pintura terrível aqui.”



Esse quadro, na verdade, existe “na vida real” e é mundialmente reconhecido. Se trata de “A Balsa da Medusa” (1818), do pintor Théodore Géricault. Esse quadro se inspira em um trágico naufrágio que aconteceu em 1816. A fragata (navio de guerra) francesa chamada Medusa, dirigida ao Senegal, naufragou e seus sobreviventes vagaram pelo oceano sobre uma balsa por um longo tempo, sendo levados a atitudes extremas como o canibalismo, com os homens devorando uns aos outros. Assim, essa pintura é literalmente o retrato de uma desgraça.


É interessante pensarmos na presença dessa obra no escritório do pai do SeokJin, mas sobretudo a aparição dessa obra em destaque aqui, nesse ponto do vídeo em que vemos caos e pessoas sendo destruídas (“devoradas”) por aqueles que se alimentam da sua destruição para sobreviverem na sua posição de poder. De fato, o capitalismo e a ganância degradam a dignidade humana.


Retornando ao trailer, voltamos ao NamJoon na vila em chamas. Alguém empurra o personagem e temos um flashback de uma cena entre ele e o SeokJin - cena que se mantém sendo intercalada entre os momentos seguintes.



NamJoon parece estar apenas querendo ir embora, de modo que nem mesmo olha no rosto do seu hyung. SeokJin, porém, parece estar tentando impedi-lo e tentando conversar com ele. Há possibilidades diversas para essa cena. Pode se tratar de algo que ainda nem conhecemos dentro do BU, mas o nosso palpite tem os pés um pouco mais no chão. No jogo BTS Universe Story, nos episódios que se referem ao NamJoon, vemos SeokJin aprendendo mais sobre a vida do seu amigo e descobrindo meios de “salvá-lo”. SeokJin descobre que NamJoon vivia sob condições de sobrecarga, na soma da sua pobreza, o ter que sustentar sua família, os seus muitos empregos e outros fatores. Contudo, SeokJin, ao se esforçar tanto para ajudar o NamJoon, acaba se precipitando em algumas decisões - especialmente quando decide secretamente pagar todas as contas de hospital do pai do NamJoon e sequer menciona isso ao seu amigo, sequer pergunta se ele queria isso (o que NamJoon, de fato, não queria). Dinheiro era o assunto mais delicado e frustrante da vida do personagem. É claro que NamJoon acaba descobrindo e a situação não é boa. NamJoon fica verdadeiramente magoado com SeokJin, diz apenas que vai devolver o dinheiro e não quer saber de nada mais que se relacione a aquele hyung. Assim, talvez, essa cena se trate de um flashback dessa versão da linha do tempo, na qual SeokJin toma essa atitude e NamJoon não quer nada além de se afastar dele.


Voltamos à cena na vila dos containers e NamJoon percebe que o fogo e o caos estão apenas aumentando. Ele, então, avista algo que o desperta em urgência. NamJoon corre na direção de um dos containers, onde encontra WooChang, o menininho da vila. Ele acolhe o garoto nos seus braços, como se prometesse que vai mantê-lo seguro.



Novamente voltamos ao SeokJin no escritório do seu pai e ele segue folheando as páginas com os nomes dos moradores. SeokJin encontra um nome destacado com marca-texto, literalmente. Adivinhe de quem era esse nome? Ele mesmo, Kim NamJoon.


A verdade é que o pai do SeokJin sabia que NamJoon morava na vila dos containers. Porém, como também não gostava muito da ideia de ter o SeokJin junto aos demais garotos, ele sequer se importava. Se livraria do NamJoon também.



Agora, conseguimos ver as planilhas nas mãos do SeokJin com mais detalhes. A tradução do título da planilha é “Status atual dos residentes das moradias temporárias ilegais da Zona 3 [da cidade]”. Assim, as colunas nos mostram os nomes dos residentes, informações pessoais e se vivem ou não acompanhados por outras pessoas. As informações a respeito do NamJoon presentes ali são:


⚫️ Kim NamJoon;

⚫️ Homem;

⚫️ 20 anos;

⚫️ Posto de combustível (como um indicativo de onde ele trabalha);

⚫️ A última coluna está um pouco embaçada, mas parece dizer que ele não mora com ninguém (o que era de se esperar, pois NamJoon, de fato, mora sozinho no container).


Voltamos à vila. NamJoon solta o menino dos seus braços, como se dissesse “Vá! Saia!” e é exatamente o que WooChang faz.



Nesse momento, um dos vândalos enviados lança dentro do container onde NamJoon está um objeto em chamas. Vemos o rosto do NamJoon uma última vez e ele parece compreender pela sua expressão que não haveria volta.



Finalmente, o ambiente nos é revelado do lado de fora. O container estava sendo engolido por chamas e NamJoon, mais uma vez, estava preso lá dentro. Mais uma vez, SeokJin não havia sido capaz de impedir o incêndio e, certamente, a morte do seu amigo que se vê em meio a fogo e fumaça.



Vemos, então, SeokJin diante do container em chamas. E acreditamos que esse momento se passa logo após o que o personagem descreve na nota de 30 de setembro do ano 22 em The Notes 2, nota que é prólogo do livro, ou seja, se tratava do último dia que SeokJin viveu naquela versão da linha do tempo antes de retornar mais uma vez e dar início à linha do tempo que vemos se desenvolver em The Notes 2 ao longo do livro.


Na nota, SeokJin disse:


“Quando eu pulei na fumaça, eu não conseguia parar de tossir. Meus olhos ardiam. Ainda assim, eu corri. Quando eu vi a marca nos chapéus pretos, eu parei. Eu tinha visto aquela marca em uma reunião do redesenvolvimento. Eu me lembrei de cada rosto que eu vi lá, incluindo o do meu pai.


A data de demolição. Quando estava no papel, parecia seco e formal. As expressões práticas, sorrisos e conversas entre as pessoas na reunião não prediziam o que estava acontecendo agora. Esse lugar, de onde as pessoas estavam sendo forçadas a sair de suas casas-container, não era nada menos que um inferno.


Eu vi o container em chamas não muito longe. As pessoas na frente dele estavam tentando mover uma grande placa de ferro que havia caído na frente da porta. Alguém gritou: 'Ainda tem alguém lá dentro!' Era o container do NamJoon. Eu abri meu caminho entre as pessoas e cheguei até a porta. A placa estava bloqueando a porta.


Quando eu agarrei a placa, minha mão queimou com o calor. 'Um, dois, três.' Alguém contou, e no três, nós empurramos a placa para longe. Com a placa retirada, a porta meio destruída abriu com um baque. O gás venenoso jorrou para fora e lá dentro alguém estava no chão. Eu empurrei as mãos que me seguravam e corri para dentro. Quando eu arrastei o NamJoon para fora, alguém disse: 'Ele parece morto. Ele deve realmente estar morto.'


‘Kim NamJoon! Acorde!’ Eu balancei seus ombros e trouxe o ouvido para perto de seu peito. Eu gritei com ele e bati em sua bochecha. Mas ele não abria os olhos. ‘Kim NamJoon!’ Eu soquei o chão e gritei seu nome. Naquele momento, tudo se tornou fraco - o fogo, o calor, os gritos, as explosões. Meu corpo parecia tão pesado quanto chumbo.


E eu ouvi uma janela sendo estilhaçada à distância.”



SeokJin não suporta mais. Não aguenta mais os loops do tempo e ter que assistir a mesma ou as mesmas desgraças de novo e de novo. Com uma expressão repleta de cansaço, frustração e dor, ele se vira e ganha vida, enfim, o gráfico e o design do jogo, de modo que SeokJin se parece com um personagem de desenho. Essas idas e vindas entre o gráfico do jogo e os membros do BTS atuando se manterão durante o trailer.


Há uma transição e vemos agora o personagem em algo como uma ilha, uma pequena ilha isolada no meio do oceano, na qual ele se encontrará com o único, o incomparável: o gato do BU. Por esse motivo, precisamos fazer aqui um grande parênteses. Ilha? Gato? O que é tudo isso? Socorro.



Bom, comecemos pela ilha. Simbolicamente, uma ilha pode representar um refúgio, um lugar distante de multidões, um lugar de solidão e isolamento, mas também de busca por estabilidade e pelo desafio do desconhecido. Todos esses tópicos fazem muito sentido junto à situação em que o personagem se encontra e tenta se reerguer, pois sabia que estava prestes a recomeçar - e veja que interessante a data que temos aqui: SeokJin não volta mais a 11 de abril, mas sim a 22 de maio do ano 22, a data em que os garotos retornam à praia, o que já era cogitado como possibilidade anteriormente pelos problemas que o personagem já havia conseguido "resolver" nas datas prévias a 22 de maio.


Contudo e para além disso, sabemos que a era MAP OF THE SOUL, bem como o BU em certos pontos, têm caminhado junto à psicologia junguiana, a Psicologia Analítica. Jung, em uma palestra que está registrada na obra “Psicologia Moderna: Palestras de Carl Jung no ETH de Zurique, 1933-1941”, afirmou: “É como se a nossa consciência fosse um continente, uma ilha ou mesmo um navio no grande mar do inconsciente.”


Assim, poderíamos compreender essa ilha na qual vemos SeokJin como uma representação belíssima e metafórica do seu consciente e do seu inconsciente, o que se torna ainda mais completo ao vermos que “o gato” do BU chega e se faz presente ali.



Nós do Efeito BTS já produzimos uma análise e teoria completa a respeito do tal gato e você pode conhecê-la clicando aqui. De qualquer maneira, caminhamos sob a compreensão de que o gato aparece como um guia, que apresenta aos personagens afirmações ou perguntas fundamentais a todo o desenvolvimento da história; um guia interno, quase como um guia espiritual, que conduz as relações entre consciente e inconsciente.


Dessa forma, o que assistimos é realmente uma representação de parte da psique do SeokJin, sob as metáforas da ilha, do mar e do gato. É como se o personagem estivesse em um momento de reflexão consigo, um momento de reflexão interior - até porque ele já não sabia mais o que fazer para salvar NamJoon e lidar com outras situações.



SeokJin fecha os seus olhos, como se pedisse por ajuda, e é nesse momento que ouvimos o miado, anunciando a chegada do gato à cena. Os olhos do gato se revelam a nós e, uau, que belos olhos. Um verde, um azul e dentro deles parecem estar contidos segredos e galáxias.



Na versão do vídeo no canal BANGTANTV não temos as legendas dessa parte, mas na versão do canal do jogo temos! Assim, podemos descobrir que SeokJin e o gato têm um diálogo e tradução dessa conversa é:


Gato: Olá, quanto tempo.


SeokJin: Me diga como salvar o NamJoon. Você sabe de algo.


Gato: Encontre o mapa da alma. Então, você será capaz de acabar com tudo isso.


SeokJin: O mapa da alma? O que é isso?


Gato: Mas haverá um preço a ser pago.


Tenso, não é mesmo? O gato, esse guia, é quem revela ao SeokJin que o que ele deve fazer é encontrar o mapa da sua alma. O gato lhe passa essa informação como uma dica, uma pista e por isso é que há um preço a ser pago. Toda ação tem uma reação e, no ganho, pode haver perda. Se trata de equilíbrio. Como dissemos anteriormente, o tal gato não é nem ruim, nem bom, mas ele alerta SeokJin: Haverá um preço. Um preço que seria muito grande e muito problemático. Que preço é esse? Sim, a perda das suas memórias e, junto a isso, uma confusão completa das suas emoções. É o que lemos ao longo das notas de The Notes 2, até que isso se resolva. Dolorosamente, o preço seria a perda das suas memórias mais felizes.


“Ter as memórias mais felizes desaparecendo de mim e esquecer as pessoas preciosas ao meu redor. Eu percebi que tipo de contrato horrível eu tinha assinado.” (Nota de 03 de agosto do ano 22, SeokJin)


No entanto, ali SeokJin ainda não sabia disso. Não sabia o que era o mapa da alma, como encontrá-lo e muito menos qual seria o preço a ser pago. SeokJin se levanta e o gato “desaparece”. Era hora de recomeçar, porém, daqui em diante, vem o caos absoluto.


Trilhos surgem sob os seus pés e somos levados à cena típica do BU desde HYYH e "I NEED U": os garotos caminhando pelos trilhos próximos à vila dos containers. Mas observe bem a imagem. Temos 1, 2, 3… 6 garotos caminhando sobre os trilhos. SeokJin não está lá.



Ele, então, caminha na direção dos demais, mas, quando tenta tocá-los, YoonGi é o primeiro a se desfazer nas suas mãos como pó - ou pequenos brilhinhos, no caso. Essa cena pode nos trazer à memória até mesmo o filme mais recente dos Vingadores e a forma como eles se dissipavam após o estalar de dedos do Thanos, não é mesmo?



Os seus amigos desaparecem e, assim como eles, todo o cenário em torno do SeokJin começa a entrar em colapso, se desfazendo, como se tudo flutuasse fora do seu lugar e SeokJin não soubesse como reorganizá-los. É nesse momento que se faz nítido. O que é que nós estamos assistindo aqui? Não estamos vendo os meninos desaparecendo na realidade dos personagens, nem os trilhos e os trens voando. É claro que não. Estamos vendo SeokJin começando a pagar o seu preço. As suas memórias se dissipando. Os lugares, as pessoas e as situações que ele mais amava se desfazendo nas suas lembranças. E ele não possuía controle algum sobre isso.



A cena seguinte traz o mesmo. Os garotos estavam no carro passando pelo túnel, como o que assistimos no MV de “RUN” em HYYH. Dessa vez, porém, SeokJin está parado no meio da estrada e o carro vem na sua direção, mas rapidamente também se dissipa e desaparece, como se aquilo jamais houvesse acontecido nas suas memórias que antes eram nítidas.



Tudo se escurece e SeokJin avança por uma "porta", como um avanço nas suas memórias. Ele é levado à festa que assistimos também no MV de “RUN”, na qual os sete amigos se reuniam e celebravam juntos a alta do JungKook do hospital. É por isso que a data que vemos na tela é a de 24 de julho do ano 22. As notas nos descrevem nessa data a comemoração pela liberação do maknae.



Assim como se deu na era HYYH, temos um foco intenso no rosto do JungKook em meio aos meninos e, quando a câmera se afasta, vemos JungKook sozinho - o que faz ainda mais sentido, sobretudo na versão de como essa data se dá em The Notes 2. Enquanto JungKook se vê sentado com sua perna ainda dolorida, temos uma discussão intensa entre SeokJin e HoSeok e, depois disso, o mais velho simplesmente vai embora. Os outros cinco hyungs ainda permanecem do lado de fora de onde estava acontecendo a festa e conversam em voz baixa a respeito do SeokJin e do que vinham pesquisando também acerca do mapa da alma, mas JungKook não sabia nada sobre isso. Como estava todo aquele tempo no hospital em recuperação, JungKook ficou, de certa forma, “de fora” de muitos assuntos. Ele se sente sozinho, é verdade.



Seguimos no vídeo com memórias dos garotos juntos e nos vemos, agora, no cenário da piscina desativada de Songju em uma cena que tem como referência o vídeo HYYH on stage: prologue, da era HYYH. Mais uma vez, SeokJin não está ali, ou seja, seguimos assistindo metaforicamente a perda das suas memórias. Contudo, de forma brilhante, a cena não deixa de destacar a nós também um JungKook isolado, que observa seus hyungs de longe. E mais interessante ainda: anteriormente, na cena original, quem se sentava ao lado do JungKook sobre a borda da piscina era o próprio SeokJin.



Novamente mudamos de cenário e vemos SeokJin em um belo campo aberto nos arredores de Songju, onde os outros seis meninos correm diante dos seus olhos. Essa cena é mais uma referência ao MV de “RUN” e, mais uma vez, SeokJin não está junto ao grupo. Mais memórias se dissipam.



Em seguida, vemos surgir atrás do SeokJin uma porta e, além do que já debatemos a respeito de portas como passagens, transições e afins, essa figura nos trouxe à mente um paralelo interessante, que poderia ser aqui uma referência: Fullmetal Alchemist.



Fullmetal Alchemist é um anime baseado no mangá shōnen escrito e ilustrado por Hiromu Arakawa. A história centra-se nos irmãos Edward Elric e Alphonse Elric, que estão procurando a pedra filosofal para restaurar os seus corpos após uma desastrosa tentativa de trazer a mãe falecida de volta à vida através da alquimia. Em uma determinada edição do mangá, o personagem de Alphonse diz: “A humanidade não pode ganhar nada sem primeiro dar algo em troca. Para obter, algo de igual valor deve ser perdido. Essa é a primeira lei de troca equivalente da alquimia. Naqueles dias, nós realmente acreditávamos que essa era a única verdade do mundo.” Percebeu algumas similaridades, certo?



Fica ainda melhor. No mesmo universo de Fullmetal Alchemist, há algo chamado de “O Portão”. Essa figura é como uma porta em meio ao nada, flutuando em uma imensidão branca. Embora, a princípio, pareça não ter nada atrás do portão quando fechado, após a abertura, ele revela uma indescritível dimensão de informação. Partindo disso, observe o que acontece com SeokJin quando ele toma coragem e abre aquela porta. Ele se vê diante de informações pesadíssimas, das quais ele não podia se esquecer. Tinha que resolvê-las, lidar com elas. Prova disso é que somos levados diretamente à cena do TaeHyung atacando e matando o seu pai na data de 20 de maio do ano 22 - o que acontece em algumas versões da linha do tempo e em outras não.



Ao mesmo tempo em que estamos acompanhando a montanha-russa das emoções e memórias do SeokJin, somos conduzidos a um TaeHyung que acorda assustado. Essa transição apenas reitera a nós a conexão singular que tem se dado entre os personagens do SeokJin e do TaeHyung desde antes de The Notes 2 e esse é mais um parênteses necessário: TaeHyung tem a capacidade de sonhar com o futuro, habilidade que vem à tona de forma muito forte no webtoon SAVE ME e em The Notes 2. Ainda não nos foi explicado como ou por que TaeHyung recebeu tal capacidade, então essa é mais uma pergunta que temos ainda para o futuro do BU. Nesses sonhos, por mais que não lembrasse das partes que eram sobre si mesmo, TaeHyung assistia todas as desgraças e mortes dos seus amigos, ou seja, assistia tudo quanto SeokJin enfrentava na prática.



Ele olha para as suas mãos, o que nos leva de volta em referências a HYYH on stage: prologue. Contudo, dessa vez, as suas mãos não estão ensanguentadas. Foi apenas um sonho. Em outras palavras, na linha do tempo em The Notes 2, essa catástrofe relativa à morte do seu pai é também evitada.



Essa cena do TaeHyung nos é descrita na data de 02 de agosto do ano 22 em The Notes 2:


“Eu acordei, assustado. Eu senti arrepios e meu coração batendo forte. O que me deixou agitado? [...] Que horas eram? Quanto tempo eu fiquei deitado na luz do sol que entrava pela janela? [...] Eu olhei para meu celular. Eu tinha uma mensagem nova do SeokJin. Veio com algumas fotos nossas da época de colégio. [...] E abaixo das fotos, dizia: 'Isso realmente aconteceu?'


Eu ampliei as fotos. Elas realmente tinham acontecido? Eu lembrava delas de maneira

tão clara quanto o dia. Nenhum de nós teria esquecido. [...] A mensagem que o SeokJin enviou, perguntando se as fotos realmente aconteceram, era a resposta dele para a minha mensagem. Ele tinha começado a acreditar em mim. Ele deu o primeiro passo em admitir que ele estava perdendo a memória e precisava de ajuda.”


É exatamente o que vemos acontecer. TaeHyung pega seu celular, vê a mensagem do SeokJin e entende o que deveria fazer.



Ele precisava trazer de volta os espaços, os momentos e as emoções daquelas fotos ao seu hyung. Por isso, em seguida, ele abre o grupo de conversa com os demais garotos - o que nos é mostrado no trailer - e envia a mensagem “Onde está todo mundo?” e começa a digitar a próxima que dizia “Vocês têm tempo?” ou “Vocês estão disponíveis?”. As mensagens enviadas pelo TaeHyung também são relatadas a nós pelos outros personagens nas notas de 02 de agosto.



Aqui temos mais uma quebra no vídeo e ele nos mostra o que os demais personagens estavam fazendo naquele momento.


Começamos pelo HoSeok, que está diante de um palco com vários dançarinos, mas o detalhe essencial está ao seu lado: muletas. HoSeok está mancando. Ele vive também um momento muito difícil da sua vida. A lesão no seu tornozelo, que já havíamos debatido nas outras versões da linha do tempo, se agrava mais e mais. O personagem é impedido de trabalhar no Two Star Burger e, o mais doloroso, HoSeok não pode dançar.



Soma-se a isso o fato de que o orfanato onde cresceu estava prestes a ser destruído também pelo plano de redesenvolvimento da cidade, além da sua discussão com SeokJin e outros problemas. HoSeok não suportava mais e decide deixar Songju, ao menos temporariamente.


Sob esse objetivo, ele parte de trem e, na estrada, acaba conhecendo um fantástico grupo de dança. HoSeok começa a viajar com essas pessoas, acompanhando as suas apresentações. Contudo, ele estava fascinado especialmente pelo homem que era o diretor e coreógrafo do tal grupo. Outrora, esse homem havia sido também um dançarino que se lesionou e não pôde mais dançar. Assim, nele, HoSeok encontrou admiração e e enxergou até mesmo um exemplo de saída para a sua situação, caso o seu tornozelo não se recuperasse.


Em segundo lugar, temos JungKook. Vemos ele em uma sala de aula, afinal de contas, no ano 22, JungKook era o único dentre os garotos que ainda estava na escola, no ensino médio.



Na sequência, vemos NamJoon em uma mesa na biblioteca que ele costumava frequentar no seu cotidiano. E, como curiosidade, o livro que o personagem segura é “O Diabo e o Bom Deus”, do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre. Essa obra aparece também nos episódios que se referem ao NamJoon dentro do jogo, como um livro que ele gostaria de comprar. É possível que, conforme assistimos nessa cena, ele tenha conseguido.



Em seguida, vemos YoonGi na sua sala de trabalho e, de repente, JiMin chega ao local apressadamente. Esse momento é descrito na nota do JiMin em 02 de agosto do ano 22. Ele recebe a mensagem do TaeHyung no grupo e percebe que todos os demais visualizam, menos YoonGi. Como se tratava de um assunto urgente, JiMin escolhe ir até o local onde sabia que encontraria YoonGi trabalhando em alguma música ou coisa do tipo.



JiMin mostra, então, a mensagem ao YoonGi e o trailer nos mostra os demais personagens também recebendo e lendo a mensagem do TaeHyung.


A partir disso, retornamos ao TaeHyung sentado na sala da sua casa. Ele fecha os olhos e o que vemos a seguir é, na verdade, uma lembrança que ele traz à mente a respeito do que aconteceu entre ele e SeokJin em 22 de maio do ano 22, na praia, já nessa versão de The Notes 2. Foi lá, nesse momento, que TaeHyung confrontou SeokJin sobre as suas memórias.



Em uma nota da data, SeokJin nos diz:


“ ‘Eu não preciso da ajuda de ninguém e eu não ajudo ninguém’, eu disse ao TaeHyung. Eu tinha vindo a esse observatório inúmeras vezes, mas essa foi a primeira vez que TaeHyung me seguiu até aqui. Cada loop do tempo era inevitavelmente diferente, mas dessa vez me irritou que TaeHyung estivesse fazendo coisas diferentes. TaeHyung disse: 'Você se lembra de quando viemos aqui quando ainda estávamos no ensino médio? Procuramos pela pedra que diziam que poderia conceder os nossos desejos e caminhamos todo o caminho até aqui, suando, apenas para descobrir que ela havia se despedaçado? Você fez um pedido naquele dia?'



Em vez de responder, tudo o que eu disse foi: 'Vamos descer. Eu vou descer também.' Eu tentei não parecer muito frio. Se TaeHyung tivesse pulado do observatório, tudo teria sido em vão. [...] TaeHyung quase gritou. 'Você vai me esquecer em breve? O JiMin também? E o JungKook? E o NamJoon? Você sabe quem você é?' Lágrimas estavam prestes a escorrer dos seus olhos perplexos.


Ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: 'Eu sei que você está nos ajudando. Eu

não sei como. Eu não consigo explicar isso.' TaeHyung gaguejou e parecia não saber

o que estava dizendo, mas mesmo assim continuou. ‘[...] O que eu quero dizer é: o que há de errado com você? Por que você mudou tanto? Qual é o problema? Você tem que nos contar para que nós possamos te ajudar!’


Eu não desviei o olhar e escutei até TaeHyung terminar. Eu estava triste e com raiva ao mesmo tempo. TaeHyung disse que eu os ajudei, mas isso não era verdade. Fiz o que tinha que fazer para me desvencilhar do loop do tempo. Eles querem me ajudar? Isso quase me fez rir.


TaeHyung deve ter pensado que eu tinha um problema. Eu tinha uma tarefa importante. Encontrar o mapa da alma. Evitar o acidente do dia 30 de setembro. Mas eles não podem me ajudar com isso. Eu empurrei TaeHyung e disse: ‘Eu não preciso da ajuda de ninguém e eu não ajudo ninguém’.”


Descreve bem a cena, não é mesmo? No topo do observatório onde tínhamos constantemente apenas o SeokJin ou apenas o TaeHyung, agora temos os dois. Aquele que precisa de ajuda e aquele que está disposto a qualquer coisa para ajudar.


Para além da discussão, perceba que TaeHyung tira do seu bolso uma polaroid. Aliás, A POLAROID, com uma das cenas e fotos mais marcantes do BU em que vemos os garotos na praia. No entanto, dessa vez, SeokJin não está na foto. Por que? Porque na versão da linha do tempo em The Notes 2, pela primeira vez, SeokJin se recusa a aparecer na foto com os seus amigos. Como se pouco se importasse, apenas permite que o momento da foto que significava tanto simplesmente aconteça sem a sua presença. Já não fazia diferença. A medida em que as suas memórias eram apagadas, ele próprio se apagava de momentos especiais com aqueles que ele mais amava.



Mesmo sendo friamente rejeitado, TaeHyung coloca a polaroid no bolso do SeokJin - o que será FUNDAMENTAL mais a frente.

Seguimos para mais uma cena diferente, porém na mesma data: 22 de maio do ano 22. Se trata do trágico acidente do JungKook e esse é, certamente, o momento que determina todo o ponto de virada que temos do personagem em The Notes 2.



Sim, JungKook é também atropelado nas outras versões da linha do tempo. Porém, em The Notes 2, ele vive um processo complexo de transformação, o qual é impulsionado como nunca antes nessa linha do tempo. Em um misto de desconfiança, ilusões e novas possibilidades ao personagem, JungKook se revolta contra aqueles que mais amava: os seus hyungs.


Assistimos, então, o personagem ser atropelado em meio à estrada, enquanto retornava sozinho da praia a Songju - afinal, na praia, tudo o que havia acontecido se resumia a discussões e os garotos se separando na volta para casa antes do planejado.


Uma câmera de segurança da estrada nos revela o horário do acidente: 22h15. Essa é, provavelmente, a mesma câmera de segurança a partir da qual um policial investiga o atropelamento em meio às notas de The Notes 2.



Tristemente, o motorista não presta socorro a JungKook e apenas acelera, retornando à estrada. Essa cena nos abre um baita problemão. O carro era uma caminhonete. Soma-se a isso o fato de que, na nota de 20 de junho do ano 22 em The Notes 2, o policial vai até JungKook e afirma que “uma testemunha havia aparecido, mas não tinha dado muitas informações, além de que o carro era importado e que o motorista era um jovem entre 20 e 25 anos”. Quem é que tem entre 20 e 25 anos e dirige uma caminhonete importada no BU? Sim, Kim SeokJin.


E agora? Seria SeokJin aquele que atropelou o JungKook? A verdade é que ainda não temos 100% de certeza e o BU ainda não nos trouxe uma resposta.


Pela forma como as investigações e fatos se desenrolam em The Notes 2, sim, realmente parece que SeokJin é o responsável pelo atropelamento, inclusive por meio de um amassado no capô do seu carro, o barulho do motor e outros elementos que são identificados pelo próprio JungKook como parte do que ele viu e ouviu na noite do acidente.


No entanto, e o SeokJin? SeokJin não faz a mínima ideia, não parece se lembrar de nada disso. Na versão 4 das suas notas em 22 de maio, em The Notes 2, SeokJin descreve o que fez após deixar TaeHyung sozinho no observatório e os garotos na praia. Ele afirma que simplesmente saiu dirigindo com pressa. A confusão das memórias estava o deixando maluco e trazendo de volta a maldita dor de cabeça que ele tem que suportar. SeokJin descreve que, nesse momento, quase sofre um acidente. Segundo o personagem, ele quase bate em um outro carro. Ele vê apenas os faróis e, em reflexo, roda o carro e bate no guard rail da estrada. Porém, ele não se lembra de ter atropelado ninguém.


Teria SeokJin atropelado JungKook e também não se lembra disso? Se bem que isso não faria tanto sentido, pois SeokJin tem memórias felizes do seu passado apagadas, não as do tempo presente. E, ainda mais, é muito improvável que ele teria o atropelamento do JungKook como “uma memória feliz”. Teria, então, acontecido algum ponto problemático na própria estrutura do espaço-tempo com os loops? Seria o gato o causador de tudo isso? Como dissemos, ainda não temos as respostas. Apenas possibilidades.


Em seguida, o que finalmente podemos assistir é JungKook experienciando também um encontro com “o gato” do BU, o que se anuncia, mais uma vez, pelo miado antes da sua chegada.



JungKook, já perdendo a sua consciência, descreve esse momento nas suas notas de 22 de maio do ano 22 e ele afirma que ouve alguém - vulgo, o gato - lhe dizendo: “Viver será mais doloroso do que morrer, você ainda quer viver?”. Como sabemos que ele se recupera do acidente de forma quase milagrosa, acreditamos que JungKook tenha escolhido ainda viver. Contudo, assim como SeokJin, JungKook provavelmente selou ali um acordo com o gato. Acreditamos que ele teria morrido no acidente, mas esse encontro lhe dá uma "segunda chance". No entanto, sempre há um preço a se pagar e, assim, em The Notes 2, somos deixados com perguntas como: Quais serão as consequências, o preço do seu encontro com o gato e qual é a relação disso com a metamorfose do personagem? JungKook teria morrido se não tivesse tido o encontro com o gato? O acordo foi selado porque ele, de fato, escolheu viver? E, agora, o que significa "viver" para ele?


Nós escrevemos uma grande teoria a respeito do JungKook e você pode, se quiser, conhecê-la aqui.


Mais uma vez, temos uma mudança de cena. Somos levados a 03 de agosto do ano 22 da linha do tempo de The Notes 2. Nesse ponto, após admitir que precisava de ajuda e ter procurado TaeHyung, os garotos se reúnem junto a SeokJin e o conduzem em uma espécie de “tour de reapresentação”, reapresentando ao seu amigo lugares importantes e significativos do seu passado, como o container do NamJoon, a estação de Songju e, claro, a escola.


SeokJin, como podemos ler nas notas entre os dias 02 e 03, estava se esforçando ao máximo para reviver aquelas memórias na sua mente, mas também estava sofrendo, afinal toda vez que tentava recuperar ou trazer de volta uma dessas lembranças, o personagem tinha que lidar com uma insuportável dor de cabeça.


Finalmente, os meninos chegam com SeokJin à escola e, mais especificamente, à sala de aula que virou depósito, o lugar que era o refúgio dos sete amigos na época de colégio. Assim, nada melhor para explicarmos o que acontece a seguir do que as palavras do próprio SeokJin na sua nota de 03 de agosto em The Notes 2:


“De repente, memórias fluíram de volta: o sapato brilhante do diretor, a expressão do NamJoon enquanto ele estava parado do lado de fora dessa sala e como eu ignorei o HoSeok no dia anterior à nossa viagem e deixei a escola apressadamente. A dor de cabeça latejante voltou e eu estremeci, sentindo arrepios. Emoções complicadas, que eu não conseguia descrever como frustração ou medo, me sobrecarregaram.


Enquanto eu visitava os lugares das fotos com o TaeHyung, eu sofri o tempo todo com uma dor de cabeça. Eu tenho sofrido com uma dor de cabeça durante todo esse loop do tempo. Quando eu era lembrado de algo, a dor de cabeça vinha primeiro. Era um claro sinal físico e mental: não lembre de nada. Quando eu andei para o meio da sala de aula, a dor de cabeça ficou pior. Era como se as células do meu cérebro estivessem sendo picadas em pedaços. As coisas ficaram embaçadas e havia um sino tocando em meus ouvidos. Eu tinha que sair. TaeHyung deve ter notado. Ele agarrou meu braço e disse 'Tente um pouco mais. Tente se lembrar do que aconteceu aqui'. Eu empurrei sua mão para longe e me virei. A dor era insuportável. Eu estava prestes a gritar.


[...] eu queria fugir. Quando eu fui em direção a porta, TaeHyung me bloqueou. 'Saia da frente', eu disse. TaeHyung não se moveu. Eu empurrei seu ombro, mas ele me empurrou mais para dentro da sala. Rapidamente, nós começamos uma briga física. Mas nós dois estávamos exaustos. Dar um soco e bloquear outro parecia pesado e devagar como se a gente estivesse lutando dentro de um líquido quente e denso. Minha perna se enroscou na do TaeHyung. Eu achei que iríamos bater na parede quando eu perdi o equilíbrio e cambaleei.


Eu não sei o que aconteceu em seguida. Por causa da poeira grossa, eu não conseguia abrir meus olhos ou respirar. Eu tossia sem parar. 'Você está bem?' Ouvindo aquilo, eu percebi que eu tinha ajoelhado. Eu levantei e vi que o que parecia ser uma parede sólida tinha desmoronado. Havia um espaço além da parede desmoronada. Ninguém se mexeu. 'O quê?! Nós passamos tanto tempo aqui, mas nunca soubemos...', alguém sussurrou. Nós nunca iríamos imaginar que algo estaria escondido atrás da parede. 'O que é isso?' Quando a poeira baixou, nós vimos um armário.”


Ok, chegamos ao ponto que o trailer nos mostra. Eles descobrem um novo cômodo, que até então era desconhecido, dentro daquela sala onde passaram tanto tempo juntos. Lá dentro havia apenas um armário. Que armário era esse?



“NamJoon o abriu. Eu cheguei mais perto. Havia um caderno dentro do armário. NamJoon o pegou e abriu a capa. Eu arfei. Havia um nome inesperado na primeira página do velho caderno: Kim ChangJoon. Meu pai.



Quando o NamJoon estava prestes a virar para a próxima página, eu arranquei de suas mãos. NamJoon estava surpreso, mas eu não me importava. Eu virei as páginas. As páginas no velho caderno viraram como se elas fossem virar poeira. Escrito com a letra do meu pai, o caderno era o seu diário de coisas que ele e os amigos fizeram na época de colégio. Não era um registro de suas vidas cotidianas. Às vezes pulava um mês e tinham páginas muito manchadas com algo que parecia sangue para serem legíveis. Eu virei uma página por vez. A história parou e continuou de novo, mas eu não conseguia acreditar no que eu estava lendo. Eu parei e lembrei do rosto do meu pai. Isso realmente aconteceu com meu pai também? Tudo isso realmente aconteceu? De acordo com o caderno, o meu pai passou pelo mesmo que está acontecendo comigo. Como eu, ele cometeu erros e tropeçou, e ele tentou desfazê-los de novo e de novo.


Mas ele falhou. O caderno era o registro de suas falhas. Depois de fazer o acordo para salvar seus amigos, ele esteve em loops do tempo. Ele tentou achar o mapa da alma, mas ele falhou e desistiu. Ele esqueceu sobre isso e entrou em negação e traiu seus amigos. Na última página, não havia nada além de um grande borrão de tinta. Eu não conseguia entender o que aconteceu, mas a página seguinte também estava manchada com borrão de tinta, e a próxima até a última página do caderno, como se para demonstrar as falhas do meu pai.


Eu olhei ao redor. Eu não tinha ideia de quanto tempo havia passado, e todos os meus sentidos estavam lentos. A brisa pela janela parecia fria, vendo que era a hora mais escura do dia, logo antes do sol nascer. NamJoon e meus outros amigos estavam dormindo aqui e ali. Eu olhei para a parede. Eu lembrei de ter visto o nome do meu pai por aqui. E abaixo dele, dizia: 'Tudo começou aqui.' Quando eu estava prestes a fechar o caderno, eu senti um choque passando pelos meus dedos.



Eu conseguia vagamente enxergar as letras debaixo do borrão de tinta nas páginas. Eu vi o amanhecer nebuloso pela janela. O sol estaria alto logo. Mas isso não significava que a noite tinha chegado ao fim. Era o momento que não era nem noite, nem manhã. Debaixo da luz interligada na escuridão, as letras entre as linhas manchadas com tinta se tornaram levemente legíveis.



O caderno registrou mais do que apenas memórias. Nas letras e nos espaços entre elas estavam os registros do que o meu pai esqueceu e decidiu esquecer. As cores das letras desapareceram, mas como suas marcas restantes, as incontáveis horas que meu pai experienciou, os horrores, o desespero insuperável e a leve esperança devem ter rodopiado por entre seus dedos enquanto ele escrevia cada palavra. O defletido mapa da alma do meu pai estava capturado naquele caderno.


Eu fechei o caderno com meus olhos úmidos. Eu fiquei parado por um longo tempo até que eu levantei minha cabeça. Meus amigos ainda estavam dormindo e eu olhei para eles um de cada vez. Talvez fosse inevitável que a gente voltasse para esse lugar. Tudo sobre nós começou aqui. Eu percebi que o significado de estar juntos e a alegria de rirmos juntos. Aqui se mantém como uma ferida aberta o meu primeiro erro, meu primeiro equívoco que eu nunca consegui admitir com meus próprios lábios. Tudo até agora não podia ter sido uma coincidência. Era inevitável que eu chegasse aqui. Apenas então eu poderia descobrir meus erros e equívocos e o significado da dor e angústia assim causado e finalmente dar o primeiro passo na procura pelo mapa da minha alma.”


A luz que vemos envolvendo SeokJin é ainda melhor descrita pelo TaeHyung na nota que dá sequência à nota do SeokJin:


“Acordei com o sol nos olhos. Eu não conseguia me lembrar quando eu havia cochilado. Todos os outros também estavam dormindo, exceto SeokJin que estava parado no meio de uma luz rodopiante. A luz parecia exalar do caderno em sua mão, uma luz fria, branca e pura. Ela girava em torno dele. Era uma luz, mas também era uma emoção.



Ele olhou para cada camada de luz. Ele estava tentando sentir algo, não desistir de algo, mas agarrar algo com as mãos. Vendo isso, os meus olhos se encheram de lágrimas sem motivo.



A luz rodopiante lentamente se acalmou e desapareceu. A sala de aula mergulhou na escuridão. SeokJin ficou como estava e olhou para nós. Eu olhei para ele. Algo nele parecia ter mudado - ou talvez ainda não. Ele me viu e disse: 'Eu tenho que ir agora'. Eu concordei. Eu o observei saindo pela porta. Ele sabia o que tinha que fazer agora.”


SeokJin, de fato, sabia o que tinha que fazer. A partir do que descobriu a respeito do seu pai, escancarando o seu passado e o mapa da sua alma nesse momento quase sobrenatural, SeokJin deixa a escola e retorna para a sua casa. Em seguida, o que assistimos no trailer é ainda o que ele nos diz em uma nota seguinte:


“Eu voltei para casa. As fotos ainda estavam espalhadas no chão. Eu as recolhi uma por uma. YoonGi e JungKook sentados num banco tocando piano, NamJoon sentado na janela, e HoSeok e JiMin dançando e brincando pela sala. Eu ainda estava com a dor de cabeça latejante. Mas eu sabia. A dor era evidência de que o que eu estava vendo e tentando lembrar era importante para mim.



Eu abri amplamente o mapa para a alma do meu pai. Se era de fato o mapa da alma dele, então o que o mapa da minha alma seria? Meus erros e equívocos, as escolhas que eu fiz e que não fiz e as coisas que mudaram por causa disso... O mapa da minha alma teria tudo isso nele. De repente, as pessoas nas fotos pareceram estar se movendo. Eu pensei ter ouvido HoSeok e JiMin rindo, e o JungKook se virando para me ver. E eu ouvi o YoonGi tocando o piano. NamJoon e TaeHyung correndo pela praia, rindo.


Todos os momentos das fotos se elevaram no ar e estavam passando como em um vídeo. A música estava tocando, eles gargalhavam, e o sol estava batendo. Os momentos se sobrepuseram, as fotos se fundiram, e algo desconhecido se desvendo de dentro do meu coração e se revelou. Isso andou pelas minhas veias e espalhou-se para cada canto do meu corpo. Alguma coisa que estava bloqueando minha cabeça se desmoronou e as memórias emanaram como fogos de artifício. Uma vez liberadas, as memórias rodopiaram ao redor, desconcertantes e desorientadoras. Todo o quarto brilhou tão forte com memórias rodopiando, memórias que eram tristes, saudosas, de quebrar o coração e alegres. Eu não conseguia acreditar enquanto as encarava. Como eu podia tê-las esquecido? E eu percebi que algo estava brilhando levemente no meu bolso.



Eu o peguei. Era uma foto polaroid. Uma foto com claras linhas de amassado. Eu pensei que podia ouvir a voz do JungKook. 'Vamos tirar uma foto aqui.' Eu me virei e vi a praia. Todos os meus amigos estavam correndo para o meu carro. Cada um ficou em um lugar e fez uma pose. Clique. Eu apertei o disparo.


Não, não era isso. Nós havíamos tirado a foto lá inúmeras vezes. Mas eu apertei o disparo da câmera apenas uma vez durante o último loop do tempo. Esse era o primeiro loop em que os seis apareciam na foto sem mim. Antes disso, eu sempre usei o timer e todos nós estivemos na foto.



Em seguida, os momentos que estavam rodopiando pelo quarto desapareceram e a cena na polaroid se desfez na frente dos meus olhos. A brisa do mar batia. Estava quente e meu pescoço estava grudento de suor. A areia nos meus sapatos estava pinicando.


'SeokJin, anda logo', NamJoon gesticulou pra mim. 'Vamos! Corre!', disse TaeHyung. Eu arrumei o timer e corri para eles. Meu pé afundou na areia. Assim que eu consegui virar, eu ouvi a câmera disparar. Alguém riu. Não havia razão para rir, mas nós rimos mesmo assim. Apontando um para o outro sem saber o que era tão engraçado, nós gargalhamos e rolamos na areia. Nós rimos da cara um do outro. Quando eu voltei, eu ainda estava no quarto. As memórias que eu vi haviam desaparecido. Eu estava sozinho com as fotos espalhadas no quarto. Eu olhei para baixo, para a polaroid na minha mão. A cena na foto estava mudando lentamente. Lá estava eu parado ao lado dos meus amigos na frente do carro na praia.



Eu me lembrei de repente do que o gato disse: 'Haverá um preço a se pagar'. Esse era o preço. Ter as memórias mais felizes desaparecendo de mim e esquecer as pessoas preciosas ao meu redor. Eu percebi que tipo de contrato horrível eu tinha assinado. O vento estava batendo da janela. Eu olhei ao redor. Eu não tinha ideia de quanto tempo tinha passado. O sol estava alto, sem nenhuma nuvem no céu. Era manhã. Um novo dia. O vento entrando pela janela circulou o quarto, que tinha começado a esquentar. O ar novo e fresco pairou ao meu redor. 'Você acha que consegue consertar os erros e equívocos e salvar a todos vocês?' Eu finalmente fui capaz de responder a pergunta. E agora eu sabia por que eu estava de volta no loop do tempo de novo quando eu achei que tinha acabado. A pergunta em si estava errada. Eu não tinha que nos salvar. Eu não tinha que consertar os erros e equívocos, também. O que eu tinha que fazer era aceitar todos os meus erros e equívocos como parte de mim. A única pessoa que eu não conseguia salvar era eu, e eu tinha que perdoar, aceitar e amar a mim mesmo. Essa era a única resposta.


O vento diminuiu e então se dissipou. Eu percebi: toda a dor chegou ao fim.”



Finalmente. Após tanta dor, frieza e confusão, SeokJin finalmente recupera as suas memórias e a dor cessa. É por essa razão que vemos que ele chora em um misto de alívio, mas também tristeza pelo fato de que como ele poderia ter esquecido todos aqueles momentos?


Por isso, embora não tenha participado da famosa foto da polaroid na linha do tempo de The Notes 2, quando o personagem deixa cair o seu braço nesse momento de resolução, vemos que ele retorna à imagem, como uma confirmação imagética de que ele havia recuperado aquelas lembranças preciosas.


Assim, essa cena final do SeokJin está intimamente conectada à primeira cena. Ele está na mesma posição, com as mesmas roupas, olhando para a câmera. Já sabemos que o BU gosta de nos apresentar vídeos que comecem e terminem em pontos semelhantes, não é mesmo? Em um processo que conecta, enfim, lágrimas e sorrisos, SeokJin - até onde sabemos - não apenas recupera as suas memórias, mas começa a “abrir” o mapa da sua alma e quebra os loops infindáveis do tempo.


No entanto, por fim, é claro que o trailer não terminaria em uma resolução. Não seria do feitio do BTS Universe. Assim, temos uma espécie de epílogo também nesse trailer do jogo e se trata de uma cena que traz totalmente o foco ao personagem em que precisamos prestar muita atenção agora: JungKook.



JungKook está sentado em uma sala de aula na escola. À sua frente, os seus hyungs, que aparecem nesse momento, são, na verdade, uma memória que ele está revivendo, que ele está trazendo à mente.


Enquanto pensa nos seus hyungs, nos dias em que todos estavam juntos na escola, JungKook está desenhando no seu caderno algo que ele esboçava com frequência desde o seu período no hospital em recuperação. O que é? O momento do seu acidente. A estrada, um carro que partiu e ele, que foi deixado ao chão entre a vida e a morte.



Enquanto caminha para fora da sala, os hyungs presentes na cena vão desaparecendo. Quanto mais JungKook, nessa nova fase, reflete a respeito do seu acidente, sobre o que aconteceu naquele dia, mais ele desconfia e suspeita dos seus hyungs, sobretudo de que os outros cinco estariam protegendo SeokJin e sua mentira.



Dessa maneira, concluímos o trailer do jogo BTS Universe Story maravilhados em como 10 minutos de vídeo podem trazer cores e vida a tantos momentos impactantes das notas de The Notes 2.


Quais serão as consequências desses acontecimentos? Quais serão os próximos passos? Bom, por hora, teremos que aguardar e seguir teorizando até que cheguem novos conteúdos!

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2 Comments


gab. army
gab. army
Aug 22, 2021

Excelente! Vocês são incríveis 🤩

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efeitobts
efeitobts
Aug 22, 2021
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Obrigada pela leitura, ARMY! 💜

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